segunda-feira, 16 de abril de 2012

REFORMAS PENHORADAS

Ao saber por um canal de Televisão que o Estado está a penhorar Reformas a pessoas com processos de dívidas, que os visados pensavam estar arquivados, fiquei assustado. É que como ex-sócio gerente de uma micro empresa industrial que teve 9 pessoas assalariadas, que sempre trabalhou ao lado do seu pessoal, e como eles, sempre descontou para o Fundo de Desemprego, também fez o requerimento para o Subsídio de Desemprego, mas por ser gerente não lhe foi concedido. “Mas souberam receber todos os meses os descontos inerentes a ele e à empresa!”,  e que na década de 80, por motivo de falta de financiamento bancário suficiente para laborar a 100%, passou por grandes dificuldades, e em 1989  o Estado penhorou as máquinas e o trespasse das instalações fabris sendo  tudo vendido em Haste Pública, ficando desde esse ano o sócio-gerente como desempregado de longa duração até à sua Reforma, pois nunca conseguiu arranjar um emprego, e por essa razão, esteve sem fazer descontos 20 anos (1989 a 2009), ficando assim prejudicado (apenas com 29 anos de desconto), com uma pequena Reforma de 306 Euros, e ainda a pagar a sua casa à Cooperativa de Habitação Habitovar. Agora ao saber que estão a “desenterrar” processos que estavam arquivados por outros Governos, começo a viver amedrontado com o mau pensamento de que isso também me venha a acontecer, e se a Reforma já citada, é pequena, ainda venham a penhorá-la com algum processo arquivado há mais de 23 anos.
                      
                                                                                         Texto de António Mendes Pinto

CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE FINANCIAMENTO BANCÁRIO

Quando uma empresa tem a falta financiamento bancário suficiente para ter a sua empresa a laborar a 100% começa por faltar com as suas obrigações, (pagamentos). Foi o que aconteceu com a micro empresa industrial da qual fui sócio-gerente. A uma certa altura parte do pessoal arranjou emprego noutras empresas do ramo, outra parte foi para o desemprego. E o sócio-gerente que sempre trabalhou ao lado do seu pessoal, e como eles, sempre descontou para o Fundo de Desemprego, também fez o requerimento para o Subsídio de Desemprego, mas por ser gerente não lhe foi concedido. Mas souberam receber todos os meses os descontos inerentes a ele e à empresa! Algumas das obrigações com o Estado foram pagas em prestações com juros a 34%. Em 1989 o Estado penhorou as máquinas e o trespasse das instalações fabris sendo  tudo vendido em Haste Pública, ficando desde esse ano o sócio-gerente como desempregado de longa duração até à sua Reforma, pois nunca conseguiu arranjar um emprego, e por essa razão, esteve sem fazer descontos 20 anos (1989 a 2009), ficando assim prejudicado (com apenas 29 anos de descontos), com uma pequena Reforma de 306 Euros, e ainda a pagar a sua casa à Cooperativa de Habitação Habitovar.

A FALTA DE FINANCIAMENTO BANCÁRIO ÀS EMPRESAS

Está na ordem do dia falar-se na falta de financiamento às empresas.
Para quem tem a amarga experiência pessoal de após o 25 de Abril de 1974 ter tido uma empresa industrial, com nove pessoas no quadro salarial, e que, por motivo do sócio incentivador e capitalista, por altura do PREC, ter deixado a sociedade, - sentir na pele, anos consecutivos, o que é a falta de financiamento bancário suficiente para ter a sua pequena fábrica em plena laboração, e  aguentar "sofridamente" essa situação durante 15 anos, sabe bem avaliar essa situação de falta de financiamento às empresas.
Atualmente falar em falta de financiamento é normal, pois já faz parte da ordem do dia!
Nesta área de financiamento bancário às empresas, sempre houve falta de equidade.

sexta-feira, 16 de março de 2012

MESMO SEM APOIO POPULAR, ELES VÃO-SE MANTENDO NO TOPO


OPINIÃO PÚBLICA

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      A opinião pública, na Rádio e na TV já há muito que dá nota péssima a esta classe política protagonizada pelos representantes destes Partidos que têm (dês)governado o nosso Portugal. Mas enquanto houver militantes incondicionalmente fiéis, eles vão conseguir manter-se no topo por mais uns tempos, mesmo que seja sem apoio popular.

quinta-feira, 15 de março de 2012

A Autarquia de Santa Comba Dão lança "marca Salazar" para vender produtos locais


Esta notícia corre no Facebook através do Jornal Ionline. São vários os comentários, uns contra, outros a favor.  Para os contra, apenas este comentário:
O Regime pode ser questionado, mas a pessoa, pelo seu exemplo, não! Claro que quem está satisfeito com esta ditadura disfarçada de democracia, em que os Governantes não têm dado exemplo de  Economia ao serviço do País, (apesar de tantas verbas vindas de fora), não  gostará que se restaure a boa imagem do exemplar economista, António Oliveira Salazar.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

ÉTICA CRISTÃ NO CAMPO DOS NEGÓCIOS

“ O mundo precisa de testemunhas para a ética cristã no campo dos negócios, e a Igreja pede-lhe para cumprir esse papel, publicamente e com perseverança.”
                      Do Papa João Paulo II, endereçado à «Legatus» - Cidade do Vaticano 1988


É esta ética que tem faltado no campo dos negócios, e que é uma das grandes causas da CRISE actual! Se os políticos, que tantas vezes tentam aliciar de diversas formas a Igreja Católica, nas pessoas que a representam (Clero), tivessem dado a devida importância às exortações  deste Santo Padre em matéria de Economia e Justiça Social, a Europa não estaria a passar por esta Crise. O materialismo no avaliar a pessoa mais pelo “Ter” e pouco pelo “Ser”, conduziu a sociedade para o individualismo, a ganância e o oportunismo de se alcançar fortunas sem mérito, e sem esforço.  
                                                                        António Mendes Pinto

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

DISTRIBUIR A SOPA PELOS POBRES E OS MILHÕES PELOS RICOS


"Apoios da Segurança Social passam para 50 milhões de euros anuais
Pobres passam a ter acesso a refeições take away em 950 cantinas em todo o país"
Nem sei o que diga sobre isto… fica apenas o registo de uma profunda indignação com a forma indigna como é tratado o nosso povo. Num País onde cortam apoios sociais, salários, pensões, aumentam tudo e mais alguma coisa, destroem o aparelho produtivo, num país onde mais de 400 mil pessoas trabalham todos os dias e cujos salários que auferem não permitem sair da situação de pobreza, onde exactamente hoje o governo se prepara para aumentar as rendas sociais… Surge esta “caridosa” novidade e angélica proposta.
Que quer o governo e em particular o ministro (que anda numa “lambreta” de 4 rodas que custou 100 mil euros) que façamos? Que nos ponhamos na fila a agradecer a sopa? Os mais de 2 milhões de pobres com 50 milhões que comam o pão que o diabo amassa todos os dias, que os “donos” das cantinas e dos “take away” com 12 mil milhões no bucho, tratam da sua vidinha e desgraçam a nossa!
                                                           (Texto extraído do Facebook)
É a "caridadezinha" a substituir a responsabilidade política pela reversão da pobreza...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

“REMÉDIOS PIORES DO QUE OS MALES”.


 São as políticas dos Governantes de Portugal!
Dentro deste tema, leia-se este texto, da Encíclica Rerum Novarum de 1891 do Papa Leão XIII.
Leão XIII falou em tempos de radicais transformações, de vivos contrastes e de acerbas revoltas. As sombras daquele tempo fazem-nos apreciar mais ainda a luz que emana dos seus ensinamentos. Como é sabido, a concepção do mundo económico, então mais difundida e mais largamente traduzida em realidade, era uma concepção naturalista que negava toda a relação entre a moral e a economia. Motivo único da acção económica era o lucro individualista; lei suprema, reguladora das relações entre os empresários económicas, era uma concorrência livre sem nenhum limite. Interesses dos capitais, preços das mercadorias e dos serviços, lucros e salários eram pura e mecanicamente determinados pelas leis do mercado. O Estado devia abster-se de toda a intervenção no campo económico. As associações sindicais eram proibidas, toleradas, consideradas como de direito privado, consoante os países.
Num mundo económico assim concebido, a lei do mais forte encontrava plena justificação no plano teórico e dominava no das relações concretas entre os homens. Daí resultava uma ordem económica radicalmente perturbada.
Enquanto enormes riquezas se acumulavam nas mãos de poucos, as classes trabalhadoras vieram a encontrar-se em condições de crescente mal-estar. Salários insuficientes ou de fome, más condições de trabalho, sem nenhuma cautela com a saúde física, a moralidade e a fé religiosa. Desumanas sobretudo as condições de trabalho a que frequentemente eram submetidas crianças e mulheres. Sempre ameaçador o espectro do desemprego. Sujeita a processos de desintegração da família. Como consequência, profunda insatisfação entre as classes trabalhadoras, nas quais lavrava e aumentava o espírito de protesto e de rebelião. E isto explica como entre essas classes encontraram larga aceitação teorias extremistas, a propor remédios piores do que os males”.
                          (Texto extraído da Encíclica de João XXIII – Mater Et Magistra)
Passados mais de um Século, a história repete-se e voltamos ao tempo em que foi escrita esta Encíclica. As políticas de emergência e sacrifício para a população mais desfavorecida  são promissoras  de “remédios piores do que os males”, mas com a diferença de que estes vêm da parte de políticos, (também extremistas), de uma classe bem diferente daquela a que se refere o texto. A de uma classe de Gestores de Grupos Económicos e dos Sectores de Bancos e Mercados Financeiros.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O FINANCIAMENTO ÀS EMPRESAS

Está na ordem do dia falar-se na falta de financiamento às empresas.
Para quem tem a amarga experiência de ter tido uma empresa industrial com nove pessoas no quadro salarial antes do 25 de Abril de 1974, e que, por motivo do sócio incentivador e capitalista, por altura do PREC ter deixado a sociedade, sentir na pele, anos consecutivos, o que é a falta de financiamento bancário suficiente para ter a sua pequena fábrica em plena laboração, e  aguentar "sofridamente" essa situação durante 15 anos, sabe bem avaliar essa situação de falçta de financimento às empresas.
Na citada época parecia ser uma vergonha não ter dinheiro para a laboração da sua empresa, (pois era um tempo em que as boas remunerações salariais faziam crescer a tão falada Classe Média), e quem não pertencesse a essa classe, quase era olhado com desdém.
Atualmente falar em falta de financiamento é normal, pois já faz parte da ordem do dia!
Também nesta área de financiamento bancário às empresas, houve falta de equidade.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CONSEQUÊNCIAS DAS MÁS POLÍTICAS PARA COM AS MICRO EMPRESAS


Um pequeno livro escrito e dactilografo pelo autor, em 1991, que mostra as consequências das más políticas para com as micro empresas no nosso País 




sábado, 12 de novembro de 2011

ENTREVISTA COM O ECONOMISTA BRUTUS DA COSTA À AGÊNCIA ECLESIA (EXCERTOS)


Numa entrevista à Agência Eclesia o economista Alfredo Bruto da Costa, estudioso na área da pobreza e presidente da Comissão de Justiça e Paz, considera que a discussão sobre o Orçamento de Estado para 2012, em Portugal, deve ter em conta as pessoas e definir prioridades para as servir.












sexta-feira, 11 de novembro de 2011

LEIS IMPOPULARES, (O.E.) CONTRA MAIORIA DA POPULAÇÃO


Como estão confortados com maioria mais o  P.S. -  à vontade fazem LEIS IMPOPULARES (O.E), esquecendo-se de que não representam o povo português, pois que os 50% que não acreditam nos políticos e não votam mais  a Oposição, são a maioria da população.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

EURO À BEIRA DO ABISMO - NO PRÓS E CONTRAS DA RTP 1

Gostei deste Debate.Os quatro Sr.s que nele participaram deviam fazer parte do Conselho de Estado, em substituíção de alguns que não sei qual é o papel deles, neste Orgão que parece ser tão importante para a Nação.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

“A JUSTIÇA SOCIAL SEGUNDO JOÃO PAULO II” EM DEBATE


No dia 9 de Maio de 2009, no Auditório da Junta de Freguesia de Ovar realizou-se um Debate sobre “Justiça Social segundo João Paulo II”, com António Mendes Pinto, (autor do Painel e promotor do Debate), Padre Manuel Pires Bastos, Pároco de Ovar, Professor Joaquim Barbosa, Presidente da Junta de Freguesia e o Cónego Dr. Jorge Cunha, Professor da Universidade Católica. Neste Debate o Pároco de Ovar aproveitou para anunciar um projecto em curso, “Mãos Solidárias”, da Paróquia de Ovar. Para ver o conteúdo deste Debate, com os Diapositivos de um Painel apresentado, o estimado visitante abra o Blogue que construí, dedicado a este Santo Padre,- http://pazcomjustasocial.blogspot.com - analisará que se a sociedade e a classe política tivesse dado a devida atenção às exortações de João Paulo II a Crise provocada por gente gananciosa, não teria rebentado.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

UM BOM PENSAMENTO DE SÃO BERNARDO


Que este pensamento de São Bernardo não seja interpretado para a aceitação das injustiças sociais provocadas por gente gananciosa. O que quero dizer com isto, é que fadigas, suores e tribulação derivado de más políticas, não aceito.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ACORDEMOS E INDIGNEMO-NOS, ANTES QUE SEJA TARDE!


Texto do Diácono António Poças, publicado no
Jornal João Semana de 15 de Outubro 

São tantas as surpresas desagradáveis, que pouco sobrará para nos espantar. Só mesmo o anúncio de uma epidemia semelhante à da peste negra: Encerramento de empresas, despedimentos, corte em áreas sensíveis como a saúde, a educação e a segurança, aumentos astronómicos nas despesas correntes (água, eletricidade e outros bens e serviços essenciais), corte nos salários, já de si exíguos em relação à maioria dos países do "el+do-(Euro)+ado" (leia-se "eldorado"), são apenas os estigmas essenciais da aflição que pouco a pouco destrói a estrutura social do País e o equilíbrio psicológico de cada um. Que mais nos espera?
O tal "Eldorado" - que soa a Euro - afinal não tem nada de solidário, e parece ter-se transformado, não obstante as boas intenções dos fundadores da U.E., num feudo de três ou quatro grandes países que consolidaram as suas economias à custa dos mais débeis, a quem sacrificaram os meios nacionais de produção (agricultura, pescas, produção industrial, etc.) para engordarem as suas cada vez mais prósperas economias e sistemas de produção. Hoje, a poderosa Alemanha (nunca aprendemos com a História!) domina e interfere. Acompanhada mais discretamente pela França, impõe aos outros países o "dictat" das políticas sempre que lhe convém.
Até há pouco, estas clepto(motivas) colossais deixavam escapar algumas frases curtas sobre a possibilidade de tirar o tapete aos países incumpridores (entenda-se Grécia, Portugal e, logo mais, a Espanha, a Irlanda e outros...), e de nos obrigarem a sair do Euro. Agora vêm dizer que é preciso salvar a moeda única. Porquê esta mudança de atitude? Ainda faltará extorquir mais em juros de empréstimos para nos retirar da crise ou prolongar a nossa infausta agonia?
A experiência amarga vai-nos dizendo que é preciso desconfiar da magnanimidade destes próceres gananciosos que só veem o interesse dos seus eleitores e pouco se interessam com as nossas aflições, sobretudo quando ameaçamos os seus irrenunciáveis ganhos usurários. Essa gente habituou-se a viver bem, e não abdica dos seus lucros faustosos, custe a quem custar, doa a quem doer...


Sabemos, agora, que alguns políticos caseiros, eternizados no poder e na fanfarronice bacoca e carnavalesca, ditadores e palhaços disfarçados de democratas, têm gasto com despudor e impunidade, sem que aconteça o que a justiça reclamaria, aquilo que pertence ao sacrifício e às renúncias mais ou menos forçadas de todos os portugueses. Escorados em argumentos confusos de leis aprovadas por correligionários da sua cor ou coniventes com o "SPC" (Sistema Político em Curso), gastam o que não existe, na serena paz e tranquilidade de que outros pagarão as contas dos seus desmandos.
De buraco em buraco, de desfaçatez em desfaçatez, já temos o direito de suspeitar (para gravíssimo mal dos pecados alheios) que a crise pode ser bem maior do que aquilo que parece, e que nos competirá (não tenhamos ilusões) pagar as faturas da ingovernação e dos abusos externos e caseiros, já que a culpa destes      senhores perdulários (eu acrescentaria criminosos descarados) morrerá solteira.
Quanto a mim, apetecia-me comprar um apartamento luxuoso (no Algarve, nas ilhas Faroé, no plácido Havai ou noutro lugar frequentado pelo "jet-set" mundial - exceto na Pérola do Atlântico, que isso pode ser perigoso -, um ou dois Ferraris, um jato particular, mobílias extravagantes para a minha casa, e, depois, não pagar nada, porque os vizinhos, amigos e inimigos pagariam a fatura que eu lhes mandaria enviar, sem possibilidade de recusarem. Afinal comem todos, ou a moral idade é só para alguns?
Assim vai o nosso País. E isto, infelizmente, não é nenhuma parábola, é a realidade.
Acordemos e indignemo-nos, antes que seja tarde!


sábado, 15 de outubro de 2011

INJUSTIÇAS E INSENSIBILIDADES DOS GOVERNANTES




COMENTÁRIOS

Os políticos são uma cambada de insensíveis! Para manterem os seus previlégios, "cargos e reformas acumuladas", não falta dinheiro!

Boa tarde querido amigo! Concordo a 500% consigo! Dê uma espreitadela no meu mural, para compreender melhor a nossa revolta.O Marco saiu em reportagem no Correio da Manhã, os senhores governantes querem que as pessoas comecem todas a morrer!!!!!!!Um abraço

É revoltante. E são estes políticos governantes de um País que se intitula de cristão. Num país com este título não deveria ter governantes desumanos.

HUMANIDADE não entra no vocabulário deles!!! São uns PULHAS!!!!

                                                              (Comentários recolhidos do Facebook)

Muito obrigado querido amigo. Não há muito mais para dizer, além do que eu já disse ao Correio da Manhã! O facto é que os senhores governantes estão completamente fora da realidade, quando atiram para o estrangeiro um doente de alto risco, porque não têm capacidade de resposta e depois ainda obrigam o mesmo doente a sobreviver com 25 euros diários num país (Espanha) onde o custo de vida é altíssimo e essa sobrevivência fica insustentável, porque o doente não se limita só á alimentação, tem todo o resto de despesas a fazer, incluindo medicação! Mandei uma mensagem directa para o Sr. Presidente da República, acusaram a recepção da mesma, mas não obtive resposta, não sei porque é que o mesmo abriu uma página para tal!
Um grande abraço.  (Mensagem de Alda Caseiro)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

DR. MARCELO CAETANO - A última “Conversa em Família” através da Rádio e da Televisão, em 28 de Março de 1974 (2)


Consola-me ouvir dizer a muitos, estrangeiros ou que no es­trangeiro residam habitualmente, mas que nos visitam de quando em vez, que é visível a profunda transformação da vida nacional em todos os setores, a partir de acentuada melhoria económica e da aceleração da política social. Essa transformação rápida tem um custo. A muita gente aflige ver a modificação de hábitos, de menta­lidade e de costumes que se processa na sociedade portuguesa. E que nem sempre é para melhor. Tínhamos, e graças a Deus ainda há muito quem tenha, uma bondade natural no trato com os outros, um espírito de afabilidade no acolhimento dos estranhos, um res­peito recíproco nas relações sociais, uma compreensão das dificul­dades alheias, uma contenção púdica de sentimentos, que vão ce­dendo cada dia mais aos impulsos do egoísmo. O egoísmo é a lepra da humanidade contemporânea. À medida que se vai implantan­do a convicção de que esta vida são dois dias, dos quais importa ti­rar o máximo do prazer sem qualquer esforço e suceda aos outros o que suceder, desfazem-se as famílias, desmoronam-se os exércitos e ruem os Estados.
                                                
                                                       (Do livro Marcelo Caetano DEPOIMENTO, em 1974)

domingo, 9 de outubro de 2011

DR. MARCELO CAETANO - A última conversa em família, através da Rádio e da Televisão, em 28 de Março de 1974 (1)


Desde meados de Fevereiro até agora tenho recebido de todos os recantos do País, de aquém e além-mar, milhares de mensagens de apoio, de incitamento, de estímulo. Tantas que não são possível acusar aos remetentes a sua recepção. Nem sequer responder às centenas de cartas de pessoas amigas, algumas delas tão comoventes. Fica aqui o meu agradecimento a todos. Deus permita que eu seja sempre digno da confiança dos bons portugueses. Por isso me tenho esforçado.
Olhando para o trabalho realizado nos cinco anos e meio de governo, fazendo exame de consciência sobre as intenções que me têm norteado e os atos que tenha cometido, fica-me a tranquilidade de ter sempre procurado cumprir retamente o meu dever para com o País, que o mesmo é dizer, para com o Povo Português. (do livro Marcelo Caetano – DEPOIMENTO - 1974)

Marcello Caetano viveu o exílio no Brasil completamente integrado na sociedade e nos meios intelectuais do Rio de Janeiro

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dr Marcelo Caetano “DEPOIMENTO” - A saída de Portugal e a chegada ao Brasil em 26 Abril de 1974


Na madrugada do dia 26 de abril fui levado num automóvel militar do quartel da Pontinha para o Aeroporto da Base 1 da Força Aérea. Ia sozinho no banco de trás do automóvel e à frente, ao lado do motorista, sentava-se um 1º Sargento pára-quedista, de cara patibular, que durante todo o trajeto foi virado para mim com a sua arma assestada na minha direção. Tive a noção clara de que a um gesto equívoco da minha parte, seria abatido. E ia meditando no que daí poderia resultar. Porque decerto esse homem não recebera ordens dos chefes do movimento para proceder de tal maneira, mas se o fato se produzisse, quem os isentaria das responsabilidades de um frio assassínio - a que a ausência de um oficial acompanhante daria toda a verosimilhança? Assim os chefes correm os riscos dos excessos de zelo dos subordinados.
No avião da Força Aérea onde depois entrei, com os Drs. Silva Cunha e Moreira Baptista, e ao qual mais tarde chegou também o Sr. Presidente da República, fomos convidados a sentar-nos no pequeno compartimento junto à cabine do comando onde costumava armar-se uma mesa quando viajavam personalidades importantes. Mas depois de virem instruções de terra, o comandante comunicou-nos que "por necessidade de equilibrar o peso do avião", tínhamos de passar para o centro dele. Aí tomamos lugar, sentando-se na fila da frente quatro pára-quedistas e nas filas da retaguarda mais uns tantos, todos armados e equipados e sem largarem as espingardas em nenhum momento da viagem. O comando desta escolta para conduzir um Almirante da Armada portuguesa no ativo e três pessoas que até aquele momento desempenhavam altos cargos públicos, estava entregue também a um 1ºsargento pára-quedista.
Tomei nota destes pormenores, a que podia juntar bastantes mais do mesmo género, para sublinhar quão pouco se consideram os vencidos no nosso País e como nele têm nula valia o esforço, a dedicação, o sacrifício para o servir.
Se em 27 de setembro de 1968 me tivesse recusado a aceitar as funções do governo, eu teria mantido e feito prosperar um dos primeiros escritórios de jurisconsulto de Lisboa, ganho o bastante para gozar uma velhice repousada e continuado na minha atividade intelectual que me permitiria investigar a meu gosto e publicar o que me aprouvesse, até com a adoção de atitudes elegantes de crítica prudente dos negócios públicos e de sugestão irresponsável de soluções nacionais.
Sacrifiquei interesses, preferências e inclinações pessoais, tranquilidade de espírito, tudo quanto me era caro, porque julguei que seria uma feia ação, indigna do meu passado cívico, recusar-me por comodismo a ocupar um posto que no consenso geral implicava "a mais difícil herança da História de Portugal". Durante cinco anos e meio trabalhei sem olhar a horas e sem contar a fadiga, procurando todas as formas de ser útil ao povo português através das mil dificuldades que a cada momento surgiam na marcha do mundo e na vida da Nação. Pautei a minha conduta política pela Constituição vigente que observei com escrúpulo e fiz aplicar com não menos honestidade e rigor do que se pratica nos regimes apregoados democráticos.
Como repetidas vezes expliquei, não curei de fazer política de direita ou de esquerda, preocupando-me acima de tudo em procurar ser fiel ao mandato regularmente recebido e pacificamente exercido com sucessivas ratificações eleitorais e em averiguar as necessidades do povo português para as satisfazer da melhor maneira e com a maior eficácia possível. Lutei contra os partidos totalitários, os movimentos que procuravam desmembrar o território de Portugal, as atividades clandestinas, os perturbadores do sossego público pelo terror, e como era meu dever, reprimi a desordem, a imoralidade, a subversão. Fui vencido neste combate, hoje em dia apelidado de "fascista". E em consequência vi-me privado de liberdade, primeiro, e expulso do meu País, depois; tive a casa assaltada, e os parcos bens amealhados ao longo de uma vida de trabalho ameaçados de confisco; fui vaiado, insultado e caluniado, houve quem reclamasse o meu julgamento como criminoso e até me são discutidos os direitos adquiridos em quarenta e seis anos de exercício de funções públicas!
Assisti então sem espanto de maior, diga-se a verdade, ao vergonhoso espetáculo próprio das ocasiões revolucionárias em que o medo é o sentimento dominante e leva os homens às mais inconcebíveis manifestações de mesquinharia, de grosseria, de incoerência, de pusilanimidade e covardia. Mas prefiro esquecer tudo isso. Para me lembrar apenas do outro aspecto, esse positivo, do meu calvário: o das revelações de caráter e das atitudes, por vezes heróicas, de amizade, o da fidelidade de tantos anónimos vindos da massa do povo português e que apesar de todas as dificuldades teimaram em me fazer chegar, num coro impressionante e persistente, palavras de consolação, de pesar, de gratidão, de lealdade e de apoio que no cativeiro e no exílio tem sido, para mim, mais do que lenitivo, exaltante conforto e estímulo.
Amigos extraordinários procuraram e conseguiram tornar mais suaves as minhas horas de amargura: jovens amigos portugueses inexcedíveis de dedicação que nem sei como agradecer algum dia, e os amigos brasileiros que, em S. Paulo ou no Rio, mal chegado ao Brasil me cercaram de atenções e de carinhos e mobilizaram todas as suas possibilidades de me abrir caminho para que, aos 68 anos, pudesse encetar vida nova em terra alheia.
Neste hemisfério luminoso de humanidade que tive a sorte de encontrar deparei com um exemplar cenáculo de bondade, de cristandade e de cultura. A passagem de S. Paulo, onde a reportagem de todo os géneros e feitios se encarniçava sobre mim, para o Rio de Janeiro, era extremamente difícil. E o meu querido Pedro Calmon teve a ideia de solicitar que me fosse dada hospitalidade no Mosteiro S. Bento, a velha abadia que desde os primórdios da cidade do Rio a domina, abençoa e consagra. Fiel à tradição da regra do santo patriarca para quem o hóspede é a imagem de Cristo, não me negou o Mosteiro a sua acolhida e durante vinte dias tive o privilégio de ocupar uma cela monástica e de conviver com a comunidade.
Num mundo retalhado por ódios e malquerenças, eriçado de ferozes egoísmos e em que se entronizam os interesses materiais, é extraordinariamente consolador encontrar um lugar onde a fraternidade não constitui mito, mas prática vivida, e ainda se conhece o sentido transcendente da caridade cristã. Se ainda restam possibilidades de melhorar esse mundo e se os seus males profundos podem ter resgate, será, não nos iludamos, pelo aperfeiçoamento dos homens que isso poderá ser conseguido. Com indivíduos maus não há estruturas que valham. Nesta convicção antiga me confirmou a lição dos monges beneditinos do Rio de Janeiro cuja comunidade constituí o exemplo eloquente do que o sopro do Espírito, dignificando e enobrecendo a condição humana, pode conseguir na renovação da face da Terra.

(do livro "DEPOIMENTO" Distruidora Record - Rio de Janeiro. São Paulo, 1974)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

QUEM PÕE TERMO À CRISE?


Quem põe termo à crise?

Como muitos cidadãos do nosso País, estou a ficar saturado de tantas explicações acerca da crise, (muitas delas esfarrapadas), feitas por comentadores políticos e economistas.
Por muitas explicações que procurem dar, a questão leva sempre à dependência e fim da soberania de países entregues ao Mercado Financeiro, que, no caso de Portugal os políticos ditos democratas não foram capazes de salvaguardar.
E tudo começou por quererem agradar ao seu eleitorado satisfazendo reivindicações insuportáveis às pequenas empresas, e o mais grave, aos sectores remunerados pelo Estado, recorrendo-se a pedidos de empréstimos ao Exterior, ou seja ao Mercado Financeiro. Mercado este que não colocou entraves, pois os seus (tentáculos) sabiam  que mais tarde seriam eles a impor as condições, e a tirar os seus lucros. E tudo começou após a conquista da nossa democracia, com o primeiro Governo saído de Eleições.
Se o dito Mercado facilitou esta situação, também deve ser responsabilizado. A libertação e o regresso à independência e à soberania destes Países, seria a sanção que merece as  ramificações do Mercado Financeiro, pois também são culpados pela situação.
Outras políticas económicas têm que renascer das cinzas de uma revolução económica que se avizinha. Nem que para isso as Forças Armadas tenham de intervir. Se em vários Países, para se construir a Paz se tem de fazer a Guerra, porque não também nesta matéria da economia em que uns tantos enriquecem ilicitamente à custa de milhares que ficam sem meios de subsistência e por consequência sem a dignidade a que têm direito, e sem paz.

                                                                            O autor do Blogue

domingo, 18 de setembro de 2011

PROFETAS DO NOSSO TEMPO QUE ANUNCIAM E DENUNCIAM


D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, confessou ter «vergonha» de Portugal. Disse-o no encontro da Pastoral Social e não teve problemas em repeti-lo aos microfones da TSF.
Explica que «tem vergonha porque numa casa onde os mais pequenos não se podem sentar à mesa e comer do mesmo pão, que é o pão dos direitos e da dignidade, quem estiver a presidir à mesa deve sentir-se cúmplice».
«Se nos dizemos Igreja, servidores do mundo, devemos sentir-nos cúmplices e não devo dormir descansado perante toda esta multidão de pessoas que já foram desapossadas da sua dignidade, do respeito por elas próprias e a quem as promessas vão no pior sentido.
Recados para o Governo e para a Igreja. «Já tive vergonha da Igreja e de mim» quando esta se «calou» e «ajoelhou» perante o poder de Salazar.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O QUE OS RICOS NÃO QUEREM OUVIR - Do Diácono António Poças

(Um artigo de Opinião publicado no Jornal João Semana em 15 de Setembro de 2011, de um Diácono, que pela coragem na sua liberdade de expressão vejo nele um Servo de Deus e Profeta do nosso tempo, que anuncia e denuncia.  A.Mendes Pinto)


Nos últimos tempos tem vindo à baila a questão "melindrosa" que consiste em saber se devem ou não ser tributados os ricos.
Uns são imediatamente a favor, até porque se trata de uma questão de elementar justiça, mas outros dizem que essa questão é muito "delicada", por razões diversas:
A primeira é que os ricos têm muita influência nos órgãos de poder económico, político e judicial, instâncias onde tudo se decide e organiza. Por isso estão à vontade, e fazem como querem. Na sua mão estão as fábricas, o dinheiro e os mecanismos de pro­dução e distribuição. Deles de­pende a regulação dos mercados e o estabelecimento dos preços, a alteração das regras da concor­rência, a ativação ou morigeração dos mercados, a flutuação do mercado bolsista e, até, a regulação artificial, se necessário, da inflação, para influir nas variáveis comerciais e monetárias indispensáveis ao lucro de que não estão dispostos a abdicar, sem curar de saber se isso afeta os magros rendimentos das classes mais pobres, consumidores diretos das suas fábricas e centros comerciais.
A segunda razão é que os ricos dominam a banca, as zonas francas, os "ofJshore" e os "pa­raísos fiscais ", onde rapidamente colocam os seus rendimentos, escapando, assim, ao pagamento de impostos e ao controle das suas fortunas.
A terceira é a chantagem sobre o Estado, ameaçando desinvestir ou desviar as sedes das suas empresas para o estrangeiro ...
Para os mais ricos, as crises são sempre benéficas. Basta ver que tem aumentado o número dos que enriquecem, à medida que a classe média fica cada vez mais pobre e a pobreza vai alastrando, atingindo as fronteiras da miséria.
Temos vindo a assistir, estu­pefactos, ao despudor de algumas afirmações - autênticas blasfémias - de homens cotados entre os mais ricos do mundo. Um diz, por exemplo, que estabelecer um imposto especial sobre a riqueza não iria resolver nada, pelo que, acha ele, mais vale deixar as coisas como estão. Outro (cotado entre os mais ricos do mundo) diz que é um simples operário, suben­tendendo-se daí que ganhará qualquer coisa como o salário mínimo.
Ofensas destas em relação a quem paga do seu magro salário os impostos para sanear as finanças do Estado e cobrir os desfalques de bancos pilhados e esbulhados por alguns ricos; insolências gravosas e desaver­gonhadas, proferidas, ainda por cima, sem gaguejar, em português de analfabetos, por homens que já se esqueceram das suas origens pobres e humildes e que enrique­ceram com a ajuda de operários pobres e humildes como eles foram; presunçosos e arrogantes se­nhores que se passeiam, com so­berba e indiferença, pelas mesmas ruas e locais onde muitos pobres, envergonhados e cabisbaixos, não sabem como será o dia de amanhã da sua família (pagar rendas, comprar medicamentos, adquirir livros para os filhos, ter pão na mesa...) - são pecado que brada aos céus.
Sem querer ofendê-los, gostaria de lhes fazer uma sugestão que poderão, sem grande esforço, aplicar numa das suas viagens profissionais - aquelas que fazem de um mercado para o outro em avião privado ou em carreira normal - para estimular os seus negócios: leiam com atenção o que vem no Evangelho (Lc. 12, 16-21). Não se ofendam com a sugestão, sobretudo os que passam pela Igreja com alguma frequência, porque esses não podem omitir essa passagem. Volto a lembrar que é apenas uma sugestão. Quem sou eu para ousar moralizar! Mas as palavras que lá estão não são minhas, embora, sem dúvida, se apliquem a todos.
Às vezes parece-me, como acon­teceu na parábola, que há coisas que, por mais que se digam, alguns não querem ouvir, ou julgam, hipocrita­mente, que isso não é para eles.



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O NOVO ESPAÇO DE LAZER DO RIO CÁSTER E A FONTE LUMINOSA


Segundo a explicação do Vereador do Ambiente da Câmara Municipal ao Jornal Praça Pública, sobre o estando degradante do novo espaço público de lazer junto ao Rio Cáster parte sul, deve-se à falta de recursos humanos. Será que o não funcionamento já há alguns anos da Fonte Luminosa na Rotunda das Cooperativas São Cristóvão e Habitovar e Ciclo Preparatório tem a mesma explicação?